Confissões de um Procrastinador

Procastinar.

Eu confesso que, quando percebi o que estava fazendo (com meus sonhos de escritora), fiquei um pouco triste comigo mesma.  Quero tanto deixar minha marca no mundo e, ao invés disso, deixo meus dias escorrerem por entre meus dedos. Como água que insisto em dominar a forma.

Percebi que sem uma mudança drástica, uma desintoxicação mental, talvez não conseguiria mudar meu diagnóstico. Eu precisaria criar uma forma de confrontar, de me auto-confrontar diariamente, para reverter toda a culpa que sinto quando penso no tempo que perdi e, o pior, que ainda estou parada no mesmo lugar.

Só que deixar de procrastinar é deixar minha zona de conforto e não vou mentir, eu gosto da minha zona. No sentido literal (bagunça) e no sentido espacial (cada um no seu quadrado, sabe?). Porque tem sempre o “amanhã eu faço”, o depois, o daqui a pouco.

Estava parada no tempo.

Até agora estou procastinando. Faz duas semana que o tênis sujo da minha filha tá pra lavar e não consegui criar coragem. Que coisa né? Uma coisa tão simples e rápida que provavelmente faria em 10 min.

A verdade é que cansei de me sentir cansada toda hora, cansei de empurrar as coisas com a barriga. De me prender em coisas, divertidas, mas fúteis como jogar videogame.

Que marca vou deixar nesse mundo? O que estou ensinando pra minha filha?

Como reverter esse quadro?

Depois de muitas pesquisas e muita força de vontade descobri a resposta: sim. Temos como mudar, sim.

E foi assim que comecei:

Primeiro, limpei minha mesa de escritório e organizei meus livros e coisinhas de arte da minha filha (principalmente aqueles que fazem muita bagunça se eu não estou por perto dela).

Segundo, limpei meu computador, meu celular e organizei minhas milhões de fotos (talvez mais), parece besteira, mas me incomodava de mais em pensar nas fotos.

Terceiro, voltei a usar agenda pra fazer anotações essenciais e me ajudar a organizar meu tempo para fazer todas as tarefas que tenho que fazer de forma distribuída: lista de compra, mandar aquele email, lavar o carro (lavar o tênis da menina).

Quarto,- eu ainda estou tentando fazer – facilitar o dia seguinte. Exemplo, o tempo que eu mais escrevo é de manhã antes do meu trabalho (e enquanto todos estão dormindo) eu levanto as 4 da manhã e tenho uma hora pra escrever, mas perco o tempo preparando meu café, enchendo a garrafa d’água e pensando no que vou comer . Aí pensei, por que não deixar tudo no jeito na noite anterior? Foi o que fiz e acabo economizando uns 15 min do meu tempo para poder escrever um pouco mais.

Quinto e último, fiz um quadro no meu escritório escrito: Escrever uma palavra vale mais que ZERO palavras. E leio ele todo dia. Me ajuda a não perder meu foco caso eu só escreva algumas frases, o que importa é que eu escrevi, e então hoje já é melhor que ontem por causa disso.

Mas quero saber de vocês também. O que vocês tem procrastinando? Procrastinar é algo que tem incomodado a vocês também?

Deixe nos comentários os seus pensamentos!

Dicas do Escritor de Deixados para Trás

Na Segunda dia 7 de Fevereiro, participei de um Webnar com o grande Jerry B. Jenkins, escritor de mais de 300 livros e editor.

Nessa aulona, pude capitar algumas dicas práticas para aprimorar a escrita e fazer com que publicadores aceitem sua obra mais fácil. Vamos para as dicas:

Se você não procurar editar seu primeiro rascunho antes de mandar para um profissional ou publicadora.

O que pode acontecer é que o editor vai cobrar muito mais para editar sua obra toda. O editor consegue determinar isso apenas lendo as primeiras 3 páginas do seu manuscrito.

Se o editor consegue perceber essas coisinhas lendo só três páginas, imagina uma publicadora. Seria um desperdício de tempo, falta de proffisionalismo e desanimador também, pois será óbvio que você receberá uma carta negando a publicação da sua obra prima.

Separe Escrever de Editar

É tentador e muitas vezes difícil, mas procure escrever tudo o que você quer colocar na sua obra. Depois de escrever FIM, aí comece a cortar as coisas fora.

Sim, cortar fora, deletar da obra. Jerry B. Jenkins comenta durante o webnar que teve alunos deles que tiveram que “deletar” 2/3 da obra deles seguindo os passos de edição que ele passou no curso. Triste, mas eficiente, profissional e com certeza te ensinará a escrever melhor.

Você pode perder muito tempo se ficar usando o seu tempo de escrever para ficar editando o texto, atrapalhando assim o seu processo de publicação.

Toda escrita eh uma reescrita.

Edite começando pelo Big Picture (pela parte mais importante da sua história): seus personagens.

Preste atenção no seu protagonista e no seu vilão. Os dois tem que ter as metas e motivos bem esclarecidos para estarem na posição onde estão.

Entenda seu Ponto de Vista

Não sei expressar como isso é importante, então vou continuar dizendo quantas vezes conseguir. Qual é o ponto de vista que você quer usar para sua obra. Use-a até o final, ou – se você for fazer como eu estou fazendo – determine o ponto de vista a ser usado para cada personagem e STICK WITH IT (continue com ele até o final).

Estude suas diferenças! Para mais informações a respeito de Ponto de Vista visite meus posts aqui, aqui, e aqui.

Refine cada Cena do seu livro

Tente evitar palavras ou situações clichês.

Palavras/frases clichês: a união faz a força, brincar com fogo, chutar o balde, viver é lutar, antes de mais nada, derrepente, com direito a, erro gritante, vítimas fatais.

Situações clichês: ouvi o despertador tocar e acordei; fui no banheiro escovar os dentes por dois minutos; comi açaí batida com espinafre junto com banana e morango picado, leite ninho, leite condensado e granola; ouvi alguém bater na porta, andei até a porta e abri; estacionei o carro abri a porta do carro andei até a porta, enfiei a chave na porta… SE NÃO TEM NADA A VER COM A HISTÓRIA OU MOMENTO NÃO ADICIONE.

Não conte coisas que não estão acontecendo. Por exemplo: ele falava comigo mas eu não esboçava nenhuma emoção (ao invés, diga como ele contorcia o rosto, ou como ele mantinha o rosto congelado, sei lá, conta o que tá acontecendo)

Delete essas palavras/situações

Delete palavras como: muito, pouco, ou tipo. Essas palavras enfraquecem sua frase:

Dizer: “Você é muito bonita!” É mais fraco do que “Você é bonita.”

Muito é uma palavra que se torna excessiva e desnecessária para o leitor.

Tente evitar manerismos como personagem usando tipo, tipo… ou por exemplo, como o personagem esta depois de uma fala: – personagem fala – disse com despreso.

As palavras que você vai utilizar na fala do personagem devem mostrar esse sentimento de despreso.

O leitor vai focar mais no diálogo do que nesses rótulos de diálogo.

Mas é engraçada essa dica, porquê já ouvi muitos escritores falarem para não ficar repetindo “ele disse”, “ela disse” e trocar por um sentimento ou maneirismo. Mas concordo que o leitor se preocupa mais com o diálogo do que com os rótulos.

Leia tudo de novo! Tudo!

Depois de terminar de fazer todas as mudanças, leia tudo de cabo a rabo. Leia em voz alta, para ver o tom da história e como você se sente enquanto lê sua história. Você quer provocar emoção no seu leitor, e lendo em voz alta é uma forma fácil de capitar o tipo de emoção que você posicionou na cena que está lendo.

Você quer que sua história toque nos sentidos dos seus leitores. Quanto mais você conseguir isso mais imersivo será sua história, o que é bom!

Bastante dicas aí para vocês hoje!

Qual dessas você já usa, e qual dessas dicas você não tinha ouvido falar? Deixe aqui nos comentários.

Você concorda com todas?

Têm alguma dúvida a respeito delas? Deixe um comentário também!

Beijos até a próximaaaa!

Propósito de um Rascunho!

A sensação de escrever FIM é uma sensação maravilhosa. Você completou uma etapa. Agora é só publicar.

Errrrrrouuuu.

Esse primeiro FIM foi apenas um de várias revisões que virão.

E revisar seu manuscrito de forma eficiente ajuda em acelerar o processo de publicação, mostra profissionalismo e ajuda também a economizar na edição final.

Dê um propósito para cada vez que você editar seu livro.

As vezes eu leio o mesmo texto cinco vezes antes de manda pra a edição final. Cada vez que eu leio faço as mudanças conforme o propósito estabelecido antes.

Tempo

Comece com algo básico mas muito importante para a compreensão geral do seu manuscrito: o tempo.

Você está escrevendo no presente ou passado? Certifique-se que todos os verbos dentro da sua obra concordam com o que você estabeleceu no começo.

Se você escreve no presente, os acontecimentos da sua história se apresentam com uma certa urgência de forma que seu leitor acompanha os acontecimentos juntos com os personagens. O leitor se sente o personagem e age.

Se no passado, infere uma história que tem um fim e o leitor acompanha os personagens e a história na forma que ele conta os acontecimentos passados. O leitor vê o personagem agindo.

Pense no propósito com que você gostaria de fazer seus fas sentirem ao ler sua obra.

Desenvolvimento dos Personagens

Após acertar o tempo em que você escreveu, outra coisa para alinhar é o desenvolvimento de cada personagem. Quantos personagens você têm no seu livro? Tente focar em um personagem por vez na hora de revisá-lo, se for fácil.

Cada um de nós somos differentes e temos que tomar cuidado para não misturarmos os nossos personagem.

Preste atenção em como cada um fala, trejeitos, fisionomia…

Acho que esse talvez seja o mais dificil e longo para editar.

Diálogos

Depois de editar cada um dos personagens, preste atenção na forma como todos se comunicam em um todo.

Diálogos em um livro tem um papel fundamental: providenciar informações Importantes.

Veja se seus diálogos são interessantes e se eles não forem revelantes para o enredo, joga fora. Conversas como: “A: você ta bem? B: sim, e você? A: to bem também.” Ou sobre o que o personagem comeu ontem… se foi no banheiro fazer numero 1 ou 2.

É no diálogo onde expomos informações que vão auxiliar o enredo ir para frente.

SE NÃO É RELEVANTE PARA O ENREDO, é porque não é interessante para o leitor saber.

A SUA VOZ

Estamos quase no fim.

Depois de todo esse trabalho, edite sua voz. A narração. O que costura tudo junto na obra é sua voz. A forma com que você conta a historia.

Cada fase da história exige uma velocidade de narração diferente. No começo da sua história você quer manter uma voz mais descritiva. No meio, já pegamos o passo um pouco com mais ação e desavensas que levam para um apse e um desfeixo, uma conclusão onde a narração e mais lenta mas não tanto como no começo por que não teremos os elementos de descrição e apresentação de personagens .

Você não quer correr na narração no início do seu livro ou você podera perder elementos essenciais para o leitor entender quem é quem e onde é qual lugar.

Preste atenção se você escreve em primeira pessoa, segunda (que é raro) ou terceira pessoa. Estude suas diferencas. Tenho uns posts a respeito de cada um aqui, aqui e aqui.

Finalize

Termine cada rascunho e faça todas as mudanças desejadas. Finalize com a edição de um profissional.

Nada melhor do que um par de olhos frescos na sua obra.

Você já fez o grosso mas é importante e profissional completar uma edição final. Essa é a fase onde você poderá se preocupar com capa, contra capa, dedicação e talls para a finalização do seu manuscrito e preparar a publicação.

Claro que você pode fazer todas essas modificações de uma vez só. Mas se você não tem muita experiência, fazendo um pouco mais devagar vai te dar mais tempo para aprimorar suas habilidades de editor.

Esta a procura?

Se você esta buscando um editor para essa revisão final, poderei ajudar com isso! Entre em contato comigo e receba uma cotação rapidinho!

Beijos a todos, ate a proxima!

5 dicas para superar o Bloqueio Criativo (Writer’s block)

Você senta na frente do computador para escrever sua historia, aquela que é muito boa, admira a página branca do Word e… NADA! Nem uma palavra. Você trava!

Não consegue ser produtivo. O almoco vem a cabeca, seus filhos (no meu caso) comecam a chorar do nada, e aquela conta pra pagar que esta do lado do seu computador capitura sua atencao.

Você escreve algumas linhas e uma pergunta surge: e agora? Não consegue escrever mais. Entao voce faz algo bem racional: edita o que ja escreveu, acaba apagando metade se deparando novamente com uma folha em branco.

Que pesadelo.

Apesar de ser um pesadelo, é de fato algo muito comum de acontecer com qualquer escritor: Bloqueio Criativo.

Bloqueio Criativo (ou Writer’s Block, se você quer ser mais chique) é um fato na carreira de todo escritor. O importante é saber como passar por cima disso, ou dar a volta nele.

O que fazer quando vem o Bloqueio Criativo?

1 – Movimente-se

Sai da cadeira e da uma volta no quarteirão. Faz um café, vai conversar com o vizinho, faz um exercício. Destrair sua mente um pouquinho não quer dizer que você esta sendo desleixado, muito pelo contrário, é como você estivesse dando um reboot no seu sistema cerebral pra se focar melhor, quando você mais precisa.

Tá com preguiça de levantar?

Joga Sudoko! Compre um caderno de desenho. Não sabe desenhar? Colorir pode ser sua válvula de escape. Tem uns livros de colorir para adultos legais hoje em dia.

Tudo isso é muito legal e bom para dar uma motivada para escrever, mas não esqueça de determinar um tempo para essas coisas se não você perde o foco de vez aí seu livro não sai.

2 – Use sistema Pomodoro

Se o seu problema é concentração tente usar o sistema pomodoro. A teoria diz que o máximo de tempo que nosso cérebro consegue se focar 100% em uma tarefa é de vinte-cinco minutos.

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Existem aplicativos gratuitos no celular para lhe ajudar a controlar o tempo.

Foque na sua escrita por vinte-cinco minutos. Quando o tempo acabar, você pode ajustar um tempo para descansar a mente (que pode ser de 5 a 10 minutos). Quando esse tempo acabar você volta a escrever por mais vinte-cinco minutos. Assim você se concentra em uma tarefa de cada vez, sem gerar um bloqueio.

Determine um objetivo para aquela sessão. Pegue um post-it, ou se você e bem visual uma página inteira, e determine seu objetivo para aqueles 25 minutos. Desenvolver personagem ou cenário, diálogo, ou até editar algo.Assim você sabe qual é o seu foco. Mesmo que não saia muitas palavras, você dedicou aquele tempo para um objetivo e no fim das contas, conseguiu escrever algumas palavras (melhor que nada).

Se 25 minutos é muito tempo, não tem problema você determinar menos tempo. Comece com 5 min, por exemplo. E vai aumentando o tempo conforme sua inspiração.

Depois de um tempo usando essa estratégia, você vai perceber que as palavras fluem mais naturalmente e o bloqueio de antes vai diminuindo.

3 – Volte ao seu diário

Se você é como eu, talvez tenha um caderno de anotações, pesquisas e tudo o mais. As vezes, dar uma parada para ler essas anotações, pode fazer fluir sua inspiração. Talvez (já aconteceu comigo), a inspiração que você encontrou não seja exatamente na parte em que você travou, MAAAS, não deixa de ser parte do livro, não é mesmo?

Escrever algo é melhor do que nada. E não se preoculpe com aquele branco, por que no momento certo ele não vai ser mais branco.

4 – Não tem diário? Comece um!

A importância de manter suas pesquisas organizadas, principalmente para escritores de série é fundamental.

Categorize seus personagens, separe as cenas do seu livro em blocos menores. Talvez use aquelas fixas para resumir tudo que você quer para aquele capítulo. Compre um quadro e pindure suas fixas na ordem que desejar para ter uma visualização melhor do seu livro. Essa reorganização pode ajuda-lo a quebrar esses bloqueios, não só isso mas como também, a escrever melhor. O fato de ter o esboço do seu livro exposto aos seus lindos olhos o ajuda a ser mais creativo.

Seu livro esta aí! Na sua frente! Basta você fechar os buracos devagar.

5 – Em que horário você esta escrevendo?

Você pode ser o seu próprio bloquiador de idéias se você decidiu escrever com fome, cansado, cabelos bagunçados e crianças gritando no fundo (a não ser que você tenha uma força de vontade de um leão).

Chronograme seu dia (tô falando de TODO o seu dia desde, tempo para tomar café como para trabalhar). Dessa forma você poderá liberar um pouco esses seus bloqueios mentais.

Mas, não venha com a histórinha de que você não consegue, por que você já conseguiu o mais dificil: começar a escrever um livro. Então não seja seu pior inimigo, seu livro precisa de você inteira(o), tranquila(o) e alimentada(o).

Talvez combinar um horário para sair de casa só para escrever seja uma boa opção. É o que eu faço hoje. Tenho uma criançinha pequena e então eu largo ela na escolinha, vou para um Starbucks e fico sentada lá com meu laptop até dar a hora de eu entrar no trabalho.

Não me digam: aaahh, mas é muito caro um cafézinho de lá.

Estando em um lugar diferente e longe de tudo e todos poderá te ajudar a dissolver seus bloqueios.

Dica bônus ## Tamanho não é documento

Ninguém estipulou um tamanho exato para um capítulo ser coniderado como um. Então não se preocupe muito com o tamanho dele. O que importa é o tipo de mensagem que você esta buscando passar nele. Qual é o gancho que ele deixa para o próximo capítulo? Qual é o ponto de vista que você utilizou para escrevê-lo?

Se você conseguiu passar a mensagem desejada em um capítulo de duas paginas. Deixe-o assim. Pode ser que mais pra frente você queira adicionar algo aqui ou ali, ou até fazê-lo parte de um outro capítulo. Mas aí vai de você 😉

Bom, espero que tenha ajudado alguém! Se vocês tem alguma outra idéia para destravar deixem nos comentarios abaixo 🙂

Prólogo VS. Epílogo

Estou usando os dois em meus textos e pesquisei… pesquisei… sem fim a respeito desses dois aí.

O uso deles é variado e nenhum deles são obrigatórios e as vezes são – muitas vezes – mal utilizados e mal interpretados.

O problema desses dois é que se não usados corretamente o leitor provavelmente vai perder o interesse e largar o livro antes de chegar no capítulo um.

Li prólogo que dava mais sono que tudo. Li epílogo que fazia parte do desfecho do livro e poderia ser incorporado como um capítulo da história. Mas como definir se você precisa de um ou não?

Vamos falar do prólogo primeiro:

Prólogo é uma palavra do grego que significa: antes da palavra. Ou seja, é uma pequena história essencial dak principal contada antes dela e que auxilia na compreensão geral da história como um todo fornecendo detalhes do passado, ou futuro, de um ou vários personagens.

Exemplo: O livro é sobre uma pedra amaldiçoada contada em 2090, o prólogo talvez contaria a origem da pedra datada de 50 mil anos atras.

É a conclusão do seu livro, mas não é o final da sua história. E é nisso que ele deve se focar. Assim como o prólogo, o epílogo é utilizado para contar uma história essencial da principal, mas o epílogo, sendo esse no fim da história já, vai contar o que? A possível extensão da história principal.

Um bom exemplo são os epílogos dados nos filmes da Marvel Studios onde sempre deixam um gostinho de quero mais ou a sensação de que você não quisesse que o livro terminasse.

Por que que acabou!??

Fica ‘s Dicas!

Se você não sabe usar, não useeeeeeeee! 
Muitas das milhões de vezes você pode omitir o prólogo ou epílogo e simplesmente criar um capítulo. Agora, se aquele capítulo 1 - que no caso é o prólogo - não fazer você se sentir como se você fosse morrer se não terminar de ler o livro, delete! Isso mesmo. Tira fora, porque tem uma probabilidade de que seus leitores faram o mesmo e não lerão sua história. Se for muito importante para a história considere em colocar em outro lugar dentro do livro. No caso do epílogo se ele não deixar aquele gostinho de quero mais, não irão comprar a sequência. Tenha certeza de que é essencial para a compreensão geral da história.
Chame a atenção!
Como dito acima, se sua história inicial não chamar a atenção do seu leitor, não-faça-um-prólogo. Você pode ter uma história muito louca, mas você vai perder tempo e pode perder leitores se você não chamar a atenção deles logo no começo.
Seja direto e reto sem perder seu estilo e voz. 
Ninguém quer ficar lendo um prólogo para sempre. Se o seu está muito grande considere cortar partes desnecessárias, firulas ou então enquadre-o como capítulo mesmo.
Responda isso:
O que você quer que seu leitor espere para a sequência de seu livro? Muito importante na hora de desenvolver seu epílogo. Acredito que um epílogo bem escrito é um que consegue responder a essa pergunta. 

Mas pelo amor do Senhor dos Céus! 
Contrate um editor para dar uma lida na obra final. Converse com um editor para saber se realmente o seu prológo ou epílogo fazem sentido para o contexto da sua história maravilhinda!

Se quiser!

Sou editora e posso fazer esse trabalho pra você! Pra me contactar é super simples só bater aqui no converse comigo. Posso fazer uma cotação na hora pra você!

Beijos a todos!

O resultado do meu desafio 2021.

Ano passado comecei com o seguinte desafio: ler 12 livros em 12 meses. Resolvi ler 12 gêneros diferentes para ver do que que eu gosto de ler mesmo e pra ver como diferentes gêneros na verdade se entrelaçam e tornam-se ecléticos em comparação com um gênero clássico de romance, por exemplo.

Comecei o ano bem. Me debulhando em lágrimas ao ler um drama Chinês. E me encantar e me ver na personagem central de Paper Wife por Laila Ibrahim.

Li então, em fevereiro, um que então que se diz comédia, mas que foi outro drama. Um dramedia ou comedramance por que também tinha um romance no meio. Sei lá! A temática do livro é boa, a história é de uma menina – mulher né – que trabalha em um asilo cuidando de velhinhas que enfiam batatas lá dentro – que não vou nem dizer onde – por que o outro velhinho disse que curava dor de barriga! É pra rir mesmo. Mas essa mulher recebe uma herança enorme de uma senhora que ela cuidou. A condição era a de ela escrever um livro sobre a vida dessa velhinha que viveu uma vida sinceramente dura. Ok. Tema legal, mas a comédia acabou no fim do primeiro capítulo e começou com clichês românticos que sinceramente, pulei umas páginas.

A história começou a me entediar tanto que comecei outro, ou seja, romance/drama/comédia não faz meu estilo. Não é que não é meu estilo. É que eu queria ler comédia!

Comecei a ler O Beijo, por Dani Moreno. Minha escolha para março. Uma leitura curta, porém recheadas de muito líquido afrodisíaco – se é que você me entende (levantando as sobrancelhas com um sorriso idiota). Esse eu li em dez dias? É. Ele não é tão curto. É que ele é bouuum mesmo. Me arrancando muitos suspiros noturnos hahaha. Eee lá em casa! Brincadeira. O tema é uma mãe solteira que dança numa boate de noite e trabalha numa padaria de dia e tudo isso para sustentar sua filha com síndrome de down. Enquanto na boate encontra alguém que transforma seu coração de pedra em um de carne. Lindo e sensível sem pular muito para o melooooo, e com muito hot 🔥🔥🔥. Recomendo. Tendeu: re- comendo! – olha meu sorriso idiota com as sobrancelhas de novo.

Abril! Li outro curtinho. Uma história em quadrinhos sobre o Wolverine! Muito locas as imagens! Eram 3 histórias dentro do livro, porém, vou é ter que comprar a bagaça toda porque fiquei com gostinho de quero mais. Peguei uma história já no meio, e terminou sem final. Normal de HQ. Mas de novo, amei as imagens.

Essas duas leituras foram tão rápidas que resolvi começa já o próximo em meados de abril mesmo. E o gênero para maio era poesia. Tinha um livro do saudoso Vinícius de Moraes aqui em casa que nunca tive tempo pra ler. Por que será!? Amo poesia! Por que que raios nunca li!? Vai ser fichinha ler. Só que me esqueci que para ler Vinícius de Moraes preciso de um dicionário tantra de todas as alusões sexuais dele. Que não eram poucas. E a leiga aqui ficou sem entender nada. Que feio. Não nada, mas uma boa parte vai. O pior de tudo isso não foi o simples fato de que eu não entendia, mas foi que depois de um certo tempo lendo perdi o interesse, por que não entendia. Não foi uma leitura fácil. Mesmo.

Então resolvi pular alguns meses e ler minha escolha do gênero jovens adultos de setembro por que estava muito interessada no tema da história The Dividing”, de Devin Downing. E que bom que fiz isso. Incrível história! Outro que devorei. Uma ficção incrível baseada numa civilização perdida da linha direta de Adão. Eles estavam escondidos e não tinham TV! A língua adêmica, que só o high society sabia, em junção com umas pedras mágicas lá dava poder pra controlar os elementos e até animais – quem sabia usar claro. E eles estavam sendo perseguidos pelos filhos de Caim! Não posso falar mais! Se não dá spoiler. Mas que foi uma boa leitura foi.

E aí… Vem esse livro de junho – que na realidade comecei a ler em meados de maio por que devorei o gênero jovens adultos e lia o de poesia bem devagarinho pra minha cabeça não entrar em parafuso – JUNHO! Comecei a ler a grandiosa – e mete grande nisso – obra do doidinho querido Tolstoy, Guerra e Paz. Me achando o Charlie Brown que leu em uma noite, acreditei que poderia fazer o mesmo e me dei até o luxo de me dar um mês e meio para lê-lo. Inocente.

Pois hoje é dia vinte quatro de Janeiro de 2022! E eu ainda tô nos 49% da leitura!!! Teve as festas e tal mas mesmo assim que livro grande! Meu Deus. Mas que tá valendo a pena tá. Apesar de ser uma recontagem histórica da invasão de Napoleão Bonaparte na Rússia embebedada de romance e ter drama no meio de tudo isso. É incrivelmente inacreditável de como esse livro é VIVO! E a forma de mostrar os personagens, que na história teoricamente não reais, mas que porém são tão reais! Muito louco isso. Minha favorita de todas é Natasha – também chamada de Natalie. Ela é tão real no seus pensamentos, viva e ao mesmo tempo confusamente – eu inventei essa palavra – imprevisível nas suas ações que é impossível largar o livro por que você quer saber o que vai acontecer! Agora, fica a dica: não leia os títulos dos capítulos, tem um monte de spoiler. E mesmo assim você quer ler por que a forma e a beleza de como a história é contada é realmente incrível.

Cheiros, cenas, roupas, estações do ano são tão bem delineados. E o melhor de tudo são os milhões de personagens que são todos verdadeiramente únicos com nome e sobrenome, família, e trejeitos peculiares a eles que você consegue imaginar como essa pessoa realmente é face a face. E por isso que é um clássico. Quando eu crescer quero ser igual o Tolstoy.

Apesar de não ter terminado meu desafio de leitura, ficou bem explicado o que gosto de ler mais.

Leiam Guerra e Paz! De todos acho que é o livro que mais me arrancou suspiros.

Você já leu Guerra e paz? Se sim me conte aí qual é seu personagem favorito e porquê?

Beijos até a próxima!