
Como todo ano, dezembro é um mês de limpeza para mim. Tornou-se mais um ritual. Roupas velhas, papeis e recibos desnecessários, caixas e embrulhos para presente tudo fora. Tudo no lixo (reciclável, claro).
E com esse detox da mente, encontramos muitas vezes preciosidades escondidas. Hoje me deparei com poemas, músicas (eu gostava de compor), sonetos que escrevi há uns quinze anos atrás. E eu resolvi me livrar das teias de aranha e poeira que encobriam as simples folhas de fichário, para dividir pelo menos dois com vocês!
Soneto dos Românticos
Sofro sim, assim pois meu amor
A doença terminal dos românticos
Jurados todos da pena de morte
Assim o sou tanto assim amor.
Assim como os que aguantam firme
digo que amo o amor dos românticos
Pois com a mesma intensidade
pois com amor, te amo firme.
E quem me disser o contrário
Que minto como os românticos,
Maldito sejam os contrários.
E se em mim não se achar solidez
Essa espiritualidade romântica
Que me contente, pois assim, a solidão.
Primavera
A folhas caem
O vento sopra
a primavera se vai
e o inverno retorna
Quantas noites irei chorar?
As arvores estão secas
e os pássaros cessaram seu canto
por que tu foste mais bela primavera?
Tu foste junto com as folhas,
flores e canto
Oh primavera não deixe de voltar
pois a ti é todo meu encanto.
Esperarei pacientemente
só pra novamente te ver brotar
Aguardarei ansiosamente
pra te ver voltar.
E aí? O que acharam dos poemas de minha juventude. Sim, são melancólicos, mas refletem como eu me sentia (de certa forma).
Comentem ai o que acharam! qual foi seu favorito? Por quê?
Até a próxima galerinha